Beberibe

Nome: Maria Leonide Silva Vieira
Tipologia: Fibras Vegetais
Técnica: Trançado
Rota: Litoral Leste
Localidade: Paripueira, Beberibe

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A carnaúba é uma palmeira símbolo do Nordeste. Dela se aproveita tudo, as folhas, o fruto e o tucum, fibra muito utilizada no artesanato. E é desse material que Leonilde Silva trança a rede típica do litoral nordestino, a rede de corda. Herança indígena, a produção é um saber ancestral. “Eu aprendi com minha mãe que aprendeu com a mãe dela e, hoje, ensino minha filha”, conta Leonilde, enquanto trabalha no trançado do fio de tucum, no quintal de casa.  A filha Gabriela observa atentamente o enlaçado da mãe na armação, debaixo do pé de siriguela. 

A produção de uma rede de tucum de forma artesanal demora de 20 dias a um mês, segundo Leonilde. Depois de seca, é preciso bater a fibra de tucum para retirar o pó. Em seguida, o fio é enrolado nas coxas para chegar aos fios de corda que são reunidos um por um até chegar ao novelo, retira o pêlo, para então, com a ajuda de uma agulha grande de madeira, tecer a rede. As redes são vendidas com e sem pêlo. “Para a rede ficar bonita, a gente puxa esses fios para fora e escovamos o pêlo”, explica. 

Nas mãos de Leonilde, as marcas do artesanato em forma de calos e feridas. “É um trabalho duro que minha família faz há muitas gerações, praticamente da mesma forma”, explica. A família vive do artesanato e da agricultura na casa onde Leonilde nasceu e cresceu. “Não troco meu lugar e meu artesanato por nada. Para mim é uma benção”, diz orgulhosa.   

Conhecida pela resistência, o que a torna ideal para ambientes externos, a rede de tucum também massageia o corpo por conta dos espaços vazios do trançado. “Tem gente que chama de rede massagista”, conta a artesã.