Aracati

“O trançado de palha já me trouxe grandes conquistas”. A frase é da artesã Andréa Barbosa que junto com a mãe trabalha na comunidade do Cabreiro. Farta em carnaúba, a comunidade sobrevive da agricultura e do artesanato da palha. E Andrea, assim como as outras mulheres do local, aprendeu cedo a fazer os pontos do trançado. “Gosto de trabalhar o ponto fechado, que é mais complicado, leva de 7 a 8 horas para uma peça ficar pronta”, conta. “Enquanto eu faço vinte bolsas com o ponto aberto, com o ponto fechado são apenas cinco, com cinco mulheres fazendo ao mesmo tempo”, disse. 

O ateliê funciona numa casa simples de alvenaria com as mulheres trabalhando no chão de cimento. Mas, risadas é o que não faltam. Enquanto o trançado vai tomando a forma de bolsas, tapetes e descansos de prato, as conversas vão longe. A mãe de Andrea, Maria Doralice, ainda hoje participa da produção. “Me orgulho de estar gerando renda e trabalho para a comunidade”, afirma. Entre as conquistas que Andrea fala estão o fato de seu trabalho ter chegado a outros países. “As peças vão para Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza e até para os Estados Unidos”, conta ela orgulhosa.