Aracati

Nome: Maria de Fátima dos Santos
Entidade: Centro de Arte e Cultura Canoa Mulher
Tipologia: Fios e Tecidos
Técnica: Composição em Retalhos; Bordado; e Crochê;
Rota: Litoral Leste
Localidade: Aracati

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Endereço:
Telefone: (88) 99838-3935
Email:
Instagram: @canoa_mulher
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Muito mais que artesanato, o Centro de Arte e Cultura Canoa Mulher é um espaço para trabalhar o empoderamento de mulheres. A organização não governamental foi fundada em 30 de março de 2007, com o objetivo de qualificar, profissionalizar e empoderar as mulheres participantes. Presidida pela Maria Fátima dos Santos, a Tia Fá, a associação reúne 60 mulheres de Aracati que chegam a produzir 100 capas de almofadas por mês, além de bolsas, panos de cozinha, etc. “Procuramos trabalhar, além do fazer, a cultura local”, conta Tia Fá, mostrando a capa de almofada inspirada nos azulejos portugueses do município.

O projeto começou em um espaço da Associação Cultural Canoa Criança, entidade que acolhe crianças e adolescentes de Canoa Quebrada, praia bastante conhecida de Aracati. As mães, cujos filhos eram atendidos nos projetos da entidade, enquanto esperavam por eles, faziam pequenas tarefas como distribuir lanches, organizar filas, entre outras. O grupo de mães cresceu ao se juntar a outras mulheres da comunidade. “Com o tempo vimos que o principal desejo dessas mulheres era aprender uma habilidade para gerar renda. Quando foi legalizado em 2007, tínhamos apenas 12 mulheres, hoje são 60”, disse.

Decidiram aproveitar o tempo e as habilidades para o desenvolvimento de trabalhos artesanais, comercializá-los e complementar a renda da família. “Foi um dos melhores momentos da minha vida quando cheguei nesta casa (no centro urbano de Aracati), na nossa sede. Não tínhamos muita renda e conseguimos as máquinas por meio de doação, os tecidos, os instrutores para os cursos”, conta.

Segundo a presidente do grupo, o Centro Canoa Mulher nasceu com uma grande experiência de vida, tendo como missão, garantir a construção da cidadania, desenvolvendo os membros da comunidade, a partir de valores humanos e universais, com direito à qualificação profissional, desenvolvimento cultural e intelectual.

Com mulheres que vão dos 27 aos 60 anos, a organização quer resgatar também o jovem de Aracati, mas diz que esbarra na falta de interesse da geração. A ideia é prepará-los para o mercado de trabalho e geração de renda para melhorar as condições socioeconômicas das famílias mais vulneráveis de Aracati.