Beberibe

Uma das remanescentes da renda labirinto em Paripueira, município de Beberibe, Rizeuda Bento da Silva, 61, aprendeu a técnica com a avó. Hoje, é uma das poucas do local que ainda trabalha com a renda. 

Ela lembra de quando, no auge do labirinto, todas as mulheres da comunidade Lagoa das Porteiras trabalhavam fazendo peças para vender em Beberibe, Aracati e Fortaleza. “Hoje, tem quatro pessoas na comunidade que trabalham comigo”, disse. A pandemia, para ela, agravou a situação. “Depois da pandemia (Covid-19), as duas mulheres que faziam o corte do tecido adoeceram e ficaram com dificuldades, não fazem mais”, conta. 

A técnica do labirinto exige dedicação e paciência. Dependendo do tipo de peça, pode levar meses até ficar pronta. Na casa onde ela vive, criou os sete filhos, mas até agora nenhum se voltou para artesanato.